A influência da televisão no quotidiano infanto-juvenil

A televisão é um hábito no quotidiano das crianças, constituindo um meio privilegiado e decisivo na sua aprendizagem, como transmissor de conhecimentos, facultando, assim, uma melhor percepção e compreensão do mundo envolvente. Esta é uma das conclusões da tese de mestrado “A Criança e a Televisão – Contributos para o Estudo da Recepção”, defendida por Sónia Maria Maia Carrilho, na Universidade Católica de Lisboa, em Outubro de 2005.

O estudo em causa, cuja publicação se espera para breve, segundo a autora, baseia-se num inquérito por questionário a 1093 alunos com idades entre os 10 e os 16 anos que frequentam o 2º e 3º ciclos do Ensino Básico em três escolas de níveis sócio-económicos distintos do distrito de Lisboa.

Sónia Maria Maia Carrilho partiu de questões como “Ocupam as crianças dos 10 aos 16 anos, muito tempo a ver televisão?”, “Qual o género de programas que preferem?”, “Qual a sua opinião sobre os conteúdos televisivos?”, “Em termos de audiência, qual é a maior, a feminina ou a masculina?” e “A escola deverá leccionar o estudo dos media?”.

Da análise dos dados recolhidos, a autora do estudo apurou – entre outros aspectos – que as crianças vêem 7,5 horas diárias de televisão ao fim-de-semana e 4,5 horas diárias durante a semana, sem diferenças significativas entre rapazes e raparigas. As preferências gerais vão para programas de ficção como a telenovela “Morangos com Açúcar”, conclui ainda o estudo, que refere igualmente o facto de os jovens afirmarem que tomaram consciência da influência da poluição na qualidade de vida através da televisão.

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