O Sindicato dos Jornalistas e outros sindicatos representativos dos trabalhadores ao serviço da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) exigiram hoje, 3 de Fevereiro, ao presidente do Conselho de Administração “sobriedade e contenção” na forma como se pronuncia sobre a vida da empresa.
Em comunicado, as organizações sindicais criticam afirmações de Alberto da Ponte na entrevista publicada na edição de sexta-feira, 31 de Janeiro, da revista “Notícias TV”, distribuída pelo “Jornal de Notícias” e pelo “Diário de Notícias”.
O documento é do seguinte teor:
Comunicado
Os trabalhadores da RTP foram surpreendidos, sexta-feira passada, com mais umas declarações do presidente da empresa que não dignificam a instituição nem quem a representa.
A haver “gente que não faz puto” – opinião expressa pelo Dr. Alberto da Ponte em entrevista à revista do DN sem explicitar em que bases se fundamenta –, isso só pode ser entendido como um atestado de incapacidade ao próprio Conselho de Administração e demais estruturas responsáveis pela gestão da empresa e, no caso concreto, dos seus recursos humanos.
A haver “gente que não faz puto”, a responsabilidade só pode ser imputada ao CA que, ao fim de ano e meio em funções, não só não reverteu como pelos vistos alimentou tal situação.
O Dr. Alberto da Ponte devia preocupar-se mais em trabalhar a imagem exterior da empresa no sentido positivo porque é essa a função de um bom gestor e chamar a atenção da Tutela, que “não tem feito puto” sobre o alargamento da TDT, o que permitiria à empresa obter mais uma fonte de receita indispensável ao canal público de televisão.
Numa situação como a que a RTP atravessa, em que os trabalhadores da empresa lutam pela recuperação da imagem que tantos querem destruir, o que a Rádio e Televisão públicas menos precisam é de declarações absurdas e levianas do seu presidente.
Exige-se sobriedade e contenção. Sobretudo, exige-se respeito.
Lisboa, 3 de Fevereiro de 2014
Os Sindicatos
SJ, STT, SINTTAV, SITIC, SEP, SICOMP