FEJ apoia greve na RTP e defende serviço público

A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) manifestou a sua preocupação pelos motivos que conduziram à greve no Grupo RTP, que enquadra num “número crescente de ataques ao Serviço Público de Rádio e Televisão, os quais não são admissíveis, não só porque minam direitos e condições de trabalho, mas também porque deterioram a qualidade e a estrutura do serviço público”.

“Há em toda a Europa uma preocupação séria acerca do futuro dos direitos sociais e profissionais no Serviço Público de Rádio e Televisão”, afirma o presidente da FEJ, Arne König, salientando que “chegou a hora de soar o alarme acerca de ataques que podem revelar-se fatais para o modelo europeu de serviço público”.

A FEJ salienta que, além de Portugal, se verificam ameaças, conflitos laborais e situações de crise na Grã-Bretanha, na Suíça e na Eslovénia.

Na Grã-Bretanha, os trabalhadores da BBC prepararam-se para decidir uma greve, como forma de protesto contra as pretensões da administração de cortar cerca de 4.000 postos de trabalho. Na Eslovénia, os trabalhadores são ultrajados com os planos do governo de alterar a lei para que a RTS (televisão pública) fique submetido a controlo governamental. Na Suíça, a administração da SSR (serviço público) prepara-se para encerrar o serviço de notícias on-line Swissinfo.

Arne Konig reafirma o apoio da organização aos sindicatos filiados nos esforços em defesa dos postos e condições de trabalho – como, também, em Itália, onde há debate muito forte sobre o futuro da RAI – e recorda que em Janeiro a FEJ publicou um Manifesto sobre os Valores do Serviço Público, que, “mais do que nunca, necessitam de ser defendidos”.

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