Violência policial contra jornalistas na Grécia

Durante as manifestações das últimas semanas na Grécia registaram-se vários casos de violência policial contra jornalistas, denuncia a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), instando as autoridades gregas a darem instruções claras aos agentes para que, no futuro, não usem de violência contra profissionais que, tal como eles, estão no local a exercer a sua profissão.

Num dos casos mais recentes, a 6 de Dezembro, o fotojornalista belga Maxime Gyselinck foi atirado ao chão e atingido repetidamente pela polícia. E quando um colega de profissão grego, Vangelis Patsialos, tentou ajudá-lo, sofreu o mesmo tipo de tratamento.

Os agentes só pararam quando se aperceberam de que ambos eram jornalistas, aconselhando-os a ir ao hospital. Gyselinck sofreu fracturas num braço e partiu uma costela, sendo aconselhado pelos médicos a não trabalhar durante duas semanas.

A RSF acusa ainda a polícia de usar a força física para impedir os profissionais da comunicação de trabalhar e de, em alguns casos, obrigar à eliminação de fotografias que tinham sido captadas nas manifestações.

“Além do mais, os polícias não têm o direito de exigir que não os fotografem quando estão no exercício de funções oficiais. Se estiverem a comportar-se de forma estritamente legal, não terão nada a esconder”, argumenta a organização.

Partilhe