Violência contra jornalistas no Cáucaso

Um jornalista morreu e outro ficou ferido em dois ataques distintos ocorridos no Cáucaso russo, noticiou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), sublinhando que a região está a tornar-se num dos lugares mais perigosos do mundo para os média.

Abdullah Alishaev, repórter de questões religiosas da TV-Chirkei que tinha denunciado recentemente acções de fundamentalistas islâmicos, sucumbiu aos ferimentos que lhe foram infligidos por desconhecidos na noite de 2 de Setembro em Makhachkala, capital do Daguestão.

No mesmo dia, o editor do “Gazeta Yuga” Miloslav Bitokov foi atacado à porta da sua casa em Nalchik, sofrendo ferimentos na cabeça. O ataque seguiu-se a ameaças relacionadas com artigos críticos das autoridades locais, de acordo com informações prestadas à Associated Press por colegas do jornalista.

“O nível de violência contra os média no Cáucaso está a alcançar níveis chocantes e apelamos aos governos da região, sobretudo à Rússia, para que não permitam que os casos fiquem impunes”, afirmou Aidan White, secretário-geral da FIJ, revelando temer pela liberdade de imprensa e pela segurança dos repórteres activos naquela zona.

Recorde-se que no domingo foi assassinado pela polícia da Ingushia o jornalista Magomed Yevloyev, dono de um sítio crítico do Kremlin, e que em Agosto pelo menos cinco trabalhadores dos média foram mortos na Geórgia.

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