Um jornalista morto e outro raptado na RD Congo

O jornalista congolês Alfred Nzonzo Munyamariza, da Radio Communautaire Ushikira, foi morto com um tiro a 4 de Novembro, na localidade de Rutshuru, no Leste da República Democrática do Congo. No mesmo dia e na mesma região, o jornalista belga Thomas Scheen, ao serviço do “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, foi raptado, juntamente com um intérprete e um motorista, por elementos das milícias Mai-Mai.

“Os nossos colegas que cobrem o conflito no Leste da República Democrática do Congo estão incrivelmente vulneráveis à violência e ao sequestro”, afirmou Gabriel Baglo, director da delegação africana da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), alertando que todos os repórteres que tentam relatar esta guerra enfrentam um perigo imenso, sobretudo na província de Nord-Kivu.

Além da FIJ, organizações como a Repórteres Sem Fronteiras, a Jornalistas em Perigo (JED) e o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) apelaram à libertação imediata de Thomas Scheen, dando igualmente conta de que o governo belga e a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo já estão a envidar esforços negociais nesse sentido.

O Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) emitiu uma nota em que aconselha todos os jornalistas a evitar a província de Nord-Kivu ou a limitar os seus movimentos na mesma, pois nem quem está em campos de refugiados, nem quem viaja com tropas da ONU ou com organizações humanitárias, está a salvo de um ataque das tropas rebeldes ou das milícias Mai-Mai (pró-governamentais).

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