Sindicatos europeus juntaram-se a associações sectoriais e personalidades como os músicos Bono e Lily Allen para apelar à União Europeia que tome medidas mais firmes em relação à pirataria na Internet, controlando de forma mais apertada a partilha ilegal de ficheiros e pressionando mais os fornecedores de acesso (ISP) para que estes ajudem a diminuir a pirataria.

“A partilha não autorizada de desempenhos e trabalhos protegidos – bem como a necessidade de que todos os detentores de direitos tenham benefícios tangíveis da exploração do seu trabalho – são assuntos importantes que precisam de ser mais bem reconhecidos pela Comissão Europeia e outras instituições comunitárias”, afirmou o Comité para o Diálogo Social Audiovisual Europeu em comunicado.

Deste comité fazem parte organizações como a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), a Associação da Televisão Comercial na Europa e a Federação Internacional de Associações de Produtores de Filmes (FIAPF), que apelam todas elas ao melhoramento do enquadramento legal, de modo a encorajar produtores, emissores e criadores de conteúdos a fornecer mais serviços online de forma legal.

O grupo também instou a Comissão Europeia a levar a cabo investigações aos efeitos económicos da pirataria online, incluindo a possível perda de empregos e de receitas.

No Reino Unido, o governo já tem planos para reduzir a pirataria na Internet, que incluem o envio de cartas de aviso a pessoas que partilhem regularmente ficheiros de forma ilegal, não excluindo medidas técnicas como a suspensão da conexão de banda larga dos piratas, o que originou críticas fortes dos ISP e dos grupos de consumidores, mas recolheu o apoio de vários artistas.