As autoridades da Tunísia precisam de resolver urgentemente o problema da liberdade de expressão, de modo a não perigar a credibilidade da Cimeira Mundial sobre a Sociedade da Informação, que se realiza em Novembro em Tunis, alerta a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

“É difícil falar em liberdade de expressão no ciberespaço num país que abafa a voz do jornalismo independente”, afirma o secretário-geral da FIJ, Aidan White, baseando-se nos resultados de um relatório divulgado a 22 de Fevereiro pela International Freedom of Expression Exchange (IFEX).

No referido relatório – cujo lançamento coincide com a segunda reunião da Comissão Preparatório da Cimeira, em Genebra, Suíça – a IFEX divulga as conclusões da sua missão à Tunísia e faz recomendações ao governo tunisino no sentido deste cumprir os padrões internacionais de direitos humanos antes do início do evento.

Entre essas recomendações estão o fim de todas as formas de censura, incluindo restrições na distribuição de livros e jornais e o bloqueio de sítios Web. Refere-se ainda a necessidade de acabar com a vigilância policial a e-mails e cibercafés e à prisão de pessoas por expressar as suas opiniões na Internet.

A Cimeira sobre a Sociedade da Informação pretende encontrar formas de ajudar milhões de pessoas que em todo o mundo são vítimas das “diferenças digitais”, criando um mundo mais justo e aberto e em que todos partilhem os benefícios das novas tecnologias da comunicação.