As tropas norte-americanas libertaram a 31 de Agosto Haider Khadem, operador de câmara da Reuters ferido e detido a 28 de Agosto depois de ter assistido à morte do seu colega Waleed Khaled em virtude de disparos das forças da coligação.

Apesar desta libertação, David Schlesinger, responsável global da Reuters, afirma que “continua a ser extremamente difícil trabalhar jornalisticamente no Iraque” e queixa-se de que as investigações a mortes provocadas por militares dos Estados Unidos “não são tão imparciais quanto deveriam ser” e de que “os resultados não são tão publicitados quanto deveriam”.

Uma das principais preocupações deste editor da Reuters é que o treino militar norte-americano não é adequado à situação iraquiana, pois “os militares dos EUA parecem não ter noção de que uma viatura com iraquianos pode estar cheia de jornalistas”, uma vez que a agência emprega muitas vezes trabalhadores locais.

Prova dessa contratação de repórteres locais e do seu tratamento indevido por parte dos militares norte-americanos é o caso de Ali Omar Abrahem al-Mashhadani, outro operador de câmara da Reuters, que desde 8 de Agosto está detido sem qualquer acusação na prisão de Abu Ghraib e que só verá o seu caso analisado dentro de seis meses, segundo declarações de um porta-voz militar norte-americano a 31 de Agosto.