O governo de Pervez Musharraf deu, a 10 de Novembro, um prazo de 72 horas para que os jornalistas Isambard Wilkinson, Colin Freeman e Damien McElroy, todos ao serviço do Daily Telegraph, abandonem o país, depois de estes terem alegadamente usado lingua
A decisão motivada pela publicação de um editorial crítico da declaração de estado de emergência no Paquistão foi já condenada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pela Associação Mundial de Jornais (WAN).
Proibir órgãos de comunicação internacionais e silenciar jornalistas locais não vai resolver o problema, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, sublinhando que este é um sinal de intolerância, que só vai motivar mais intolerância e destruir a confiança internacional nas promessas de um regresso rápido ao estado de direito e à democracia.
Desde que o estado de emergência foi decretado, a 3 de Novembro, as autoridades paquistanesas introduziram a censura oficial, detiveram dezenas de jornalistas, agrediram vários outros e apreenderam equipamentos de estações emissoras de rádio e TV.
Estas atitudes têm gerado protestos por parte do Sindicato Federal de Jornalistas do Paquistão (PFUJ), que em conjunto com a FIJ levará a cabo um dia de protesto global a 15 de Novembro.