Três jornalistas detidos na Somália

Um jornalista e dois dirigentes do Sindicato Nacional dos Jornalistas Somalis (NUSOJ) foram detidos a 17 de Dezembro, em ocasiões distintas, por elementos dos Tribunais Islâmicos, motivando protestos da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) contra a violência e as ameaças a profissionais da comunicação naquele país africano.

Enquanto o jornalista Mohamed Amin Adan Abdulle, da emissora Global Broadcasting Corporation, foi detido por alegada difusão de informação falsa, os dirigentes sindicais Omar Faruk Osman e Ali Moalim Isak foram detidos por motivos ainda desconhecidos e viram a privacidade dos seus documentos e comunicações pessoais e sindicais devassada pelas autoridades no aeroporto de Mogadíscio.

Ambos os dirigentes sindicais foram entretanto libertados, tal como Abdiaziz Mohamud Guled, colaborador da Radio Simba, que passou 15 dias preso por autoridades da região semi-autónoma de Puntland por alegadamente ter difundido reportagens de apoio aos Tribunais Islâmicos.

A pressão sobre os jornalistas na Somália aumentou em 2006, tendo-se registado um maior número de ameaças, detenções e pressões sobre os membros da comunicação social e até o assassinato de um jornalista estrangeiro, o sueco Martin Adler, antigo colaborador da revista portuguesa “Grande Reportagem”.

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