Cerca de 50 trabalhadores da emissora Televigo poderão sair à rua para contestar o expediente iniciado pela Secretaria-Geral de Meios do governo regional galego, que pretende proibir a estação de continuar a emitir sem obter uma licença de Televisão Digital Terrestre (TDT).

Frisando que a questão jurídica deve ser dirimida nos tribunais e no mais curto espaço de tempo, o Sindicato de Jornalistas da Galiza (SXG) apoia as mobilizações dos trabalhadores em defesa dos seus postos de trabalho e recorda ao governo que há empresas com licenças que não estão a mexer um dedo para cumprir com as suas obrigações legais.

Para o SXG, é inadmissível que um ano após a supressão do sinal analógico mais de 40 licenças de TDT continuem por explorar e, entre as que estão a ser usadas, haja casos que violam claramente a lei, pois não emitem um só minuto de produção própria em galego.

“Para actuar com justiça, o secretário-geral de Meios, Alfonso Caballero, deveria aplicar o mesmo rigor a estas concessionárias de TDT que aplica à Televigo, e proceder à abertura de um expediente para resgatar as concessões de empresas que, flagrantemente, estão a violar as normas publicadas no Diário Oficial da Galiza”, afirma o SXG em comunicado.

Nesse mesmo documento, e embora compreenda as condicionantes impostas pela recessão, o sindicato destaca que, ao receberem a licença, as 74 emissoras de TDT local e autonómica assumiram o compromisso de contratar 1675 pessoas e investir 143 milhões de euros – números que ainda estão muito longe de serem atingidos.