Trabalhadores da RTP mobilizados em defesa do serviço público

Mais de duas centenas de pessoas – trabalhadores da RTP e cidadãos – participaram, no dia 17 de Setembro, nas vigílias realizadas em Lisboa e Vila Nova de Gaia em defesa da empresa e dos serviços públicos de Rádio e de Televisão.

Organizada pelos sindicatos representativos e decidida em plenário de trabalhadores do dia 12, a jornada contou também com a presença e o apoio de dirigentes partidários e deputados do Partido Socialista, do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda.
Em Vila Nova de Gaia, a vigília decorreu junto da entrada principal da RTP/Porto (na foto), onde se concentraram mais de uma centena de trabalhadores e cidadãos, discutindo a situação da empresa e o seu futuro, contra o propósito do Governo de desmantelar e privatizar a RTP.
Além de intervenções dos dirigentes sindicais Alfredo Maia (Sindicato dos Jornalistas), Nuno Rodrigues (Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações), João Torres (União dos Sindicatos do Porto/CGTP-IN), usaram da palavra Madalena Balsa (Sub-Comissão de Trabalhadores), José Luís Carneiro (presidente da Distrital do Porto do PS), os deputados socialistas Manuel Pizarro e Manuel Seabra, o deputado comunista Honório Novo e a ex-deputada e ex-autarca comunista Ilda Figueiredo, bem como vários trabalhadores e familiares e o músico e produtor Sérgio Castro (“Trabalhadores do Comércio”).
Em Lisboa, a concentração realizou-se junto à residência oficial do primeiro-ministro, com cerca de uma centena de participantes, especialmente muitos cidadãos que apoiam o Movimento Em Defesa do Serviço Público de Rádio e de Televisão, tendo-se destacado a presença e o apoio dos deputados Bruno Dias (PCP) e Catarina Martins (BE), de Deolinda Machado (dirigente da CGTP e membro do Conselho de Opinião da RTP), de Fernando Correia e José Rebelo, membros também do Conselho de Opinião da RTP, entre outros, bem como jornalistas da agência Lusa e das estações privadas de televisão solidários com a causa dos trabalhadores da RTP.
No decurso das vigílias, os activistas sindicais distribuíram um comunicado aos participantes e aos transeuntes alertando para sete das mentiras sobre a RTP que o Governo e alguns deputados da maioria parlamentar que o suporta têm repetido nos últimos tempos, apesar de sucessivamente desmentidos e desmascarados.
No documento (anexo), os sidnciatos demonstram que, ao contrário do que tem sido afirmado, a RTP é a empresa de serviço público na Europa com menos trabalhadores, que o serviço público que presta é o que tem menor custo para os cidadãos e que tal serviço não pode ser prestado por operadores privados, nem este ficaria mais barato.

Veja também o vídeo da reportagem da RTP

Partilhe