Terceiro jornalista morto no espaço de um mês nas Honduras

O jornalista hondurenho Nahúm Palacios Arteaga, editor da emissora local Televisora de Aguán-Canal 5, foi alvo de uma emboscada a 14 de Março, na cidade de Tocoa, e morreu depois de o seu carro ser atingido por mais de 40 balas, das quais cerca de 30 o atingiram. Um operador de câmara e outra pessoa que estava no veículo ficaram feridos, um dos quais com gravidade.

A propósito deste caso, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão autónomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), emitiu um comunicado em que lamenta profundamente o assassinato e sublinha que o mesmo ocorreu porque o governo hondurenho não levou a cabo medidas sugeridas pela organização em Julho de 2009 para proteger Nahúm Palacios, que já vinha sendo alvo de ameaças.

De acordo com o Comité para a Livre Expressão (C-Libre), o jornalista de 34 anos e um dos seus colegas tinham recebido recentemente telefonemas em que os avisavam que deveriam deixar de “defender os pobres”.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), o assassinato de Nahúm Palacios Arteaga ocorreu três dias depois de o jornalista David Meza Montesinos ter sido morto da mesma forma na mesma região e 13 dias depois do repórter televisivo Joseph Hernández Ochoa ter sido atingido fatalmente a tiro em Tegucigalpa, capital das Honduras.

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