As instalações da Aaj TV em Carachi, no Paquistão, foram sitiadas durante quatro horas a 12 de Maio, tendo vários jornalistas ficado feridos, um dos quais – o fotógrafo Anwar Abbas – com gravidade.

“Pela informação que nos foi disponibilizada, parece-nos que este foi um ataque pensado, em retaliação pela cobertura que a Aaj TV fez da violência em Carachi”, afirmou o presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Christopher Warren, referindo notícias de que a estação terá sido uma das primeiras a emitir imagens em directo de esquadrões de vigilantes de um partido próximo do governo e a identificá-los como os principais instigadores dos problemas.

Em reacção aos acontecimentos, a 14 de Maio o Sindicato Federal de Jornalistas do Paquistão (PFUJ) levou a cabo um “Dia Negro”, em protesto pelo ataque, e jurou defender a liberdade de imprensa no país. Foram efectuados protestos por todo o país, inclusive em cidades como Islamabad, Lahore e Carachi, para exigir maior protecção e medidas de segurança mais eficazes para os jornalistas.

No mesmo sentido, a FIJ instou os patrões dos média e o governo a garantirem formação de segurança adequada, seguro médico e seguro de vida para os jornalistas, pois estes estão a ser “deliberadamente perseguidos pelas suas reportagens”.