O Supremo Tribunal de Israel anunciou a 26 de Janeiro que o governo israelita tem de permitir o acesso total dos jornalistas a Gaza, dado o fim oficial das hostilidades a 18 de Janeiro, uma vez que as restrições de movimentos aos média só devem ocorrer “em circunstâncias de perigo concreto”.

A decisão judicial foi saudada pela Associação da Imprensa Estrangeira de Telavive e pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), tendo a primeira organização frisado que “a recusa de acesso dos últimos meses representou uma clara violação do compromisso de Israel para com a liberdade de imprensa, uma situação que, esperamos, não se venha a repetir no futuro”.

Entretanto, a missão da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e da Federação de Jornalistas Árabes (FAJ) que fez uma visita de dois dias a Gaza foi acusada por líderes do Hamas de fazer “declarações infundadas” e de ter uma “parcialidade inaceitável”.

Recorde-se que, além de criticar o desrespeito israelita pela segurança e liberdade de movimentos dos jornalistas, a FIJ e a FAJ criticaram o Hamas e a Autoridade Palestiniana por casos de ameaças e intimidações a jornalistas palestinianos, tendo a FIJ sublinhado que condenará seja quem for que pressione indevidamente os jornalistas.