Solidariedade tenta salvar franceses ameaçados no Iraque

Um forte movimento internacional de solidariedade pela libertação dos jornalistas franceses Christian Chesnot e Georges Malbrunot , sequestrados e ameaçados de morte, pelo “Exército Islâmico do Iraque”, está em desenvolvimento, a par duma intensa acção diplomática do governo francês.

O grupo Exército Islâmico do Iraque raptou os jornalistas franceses a 19 de Agosto. No dia 28, à noite, através de um vídeo difundido pela televisão Al-Jazira, ameaçou assassiná-los se, no prazo de 48 horas (que terminam dia 30, à noite) o governo francês não abdicasse da lei da interdição do uso de símbolos religiosos nas escolas de França (incluindo o véu islâmico), que entrará em vigor a 2 de Setembro.

O “Exército Islâmico do Iraque” foi o grupo terrorista que raptou o jornalista italiano Enzo Baldoni e o assassinou há poucos dias, por o governo de Itália não ter cedido à exigência da retirada dos militares do Iraque.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação Árabe de Jornalistas (FAJ) apelaram à libertação dos jornalistas franceses, salientando que “raptar civis desarmados e usá-los desta forma é intolerável”, como disse Mahboob Ali, vice-presidente da FAJ.

O governo francês enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Michel Barnier, ao Egipto, donde seguirá para a Jordânia, com o objectivo de estabelecer contactos com líderes políticos e religiosos que possam pressionar a libertação dos jornalistas reféns.

Em Paris, os líderes muçulmanos já condenaram o sequestro e apelaram à libertação de Christian Chesnot e Georges Malbrunot, e os presidentes da Assembleia Nacional e do Senado franceses convocaram uma manifestação de solidariedade para o fim da tarde de dia 30.

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