SJ saúda jornalistas e outros trabalhadores em greve

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) saudou hoje, 14 de Novembro, os jornalistas e outros trabalhadores do sector da comunicação social que participaram na Greve Geral e apelou ao reforço da unidade para a continuação da luta contra a situação económica e social e a degradação das condições nas empresas.

Em comunicado emitido ao final do dia, a Direcção do SJ enaltece a adesão na RTP e na Lusa e reconhece que nem todos os jornalistas e outros trabalhadores do sector têm condições para participar nesta forma de luta, mas considera necessário unir esforços para prosseguir o combate.

No âmbito da jornada, jornalistas e outros trabalhadores do sector participaram nas manifestações e concentrações nomeadamente em Lisboa e Porto, nas quais também estiveram membros da Direcção do SJ.

A greve geral foi acompanhada por uma equipa especial de jornalistas voluntários, que produziu uma versão online do boletim Jornalismo, que hoje foi dedicado a esta luta e nos próximos dias vai contribuir para dinamizar a Conferência Nacional dos Jornalistas, no próximo dia 24, para a qual continuam abertas as inscrições.

O comunicado é do seguinte teor:

SJ saúda jornalistas e outros trabalhadores em greve

1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) saúda todos os jornalistas e outros trabalhadores do sector da comunicação social que, hoje, convergiram com os trabalhadores de inúmeros outros sectores de actividade na realização da importante Greve Geral contra as graves medidas de austeridade e as políticas económicas e sociais, como contra os ataques aos seus direitos e a situação das empresas em que trabalham.

2. O SJ saúda especialmente as empresas onde as adesões significativas dos jornalistas traduziram um forte empenhamento na luta em defesa dos seus direitos, do seu futuro e do futuro dos órgãos de comunicação social onde trabalham. É o caso da Rádio e Televisão de Portugal, cujo Centro de Produção do Norte registou uma adesão da ordem dos 75% entre os jornalistas e mais de 50% entre os restantes trabalhadores, e da Agência Lusa, com uma adesão da ordem dos 50% entre os jornalistas da sede em Lisboa.

3. O SJ saúda também os jornalistas que aderiram em menor número noutros órgãos de informação – nuns casos na ordem da dezena, noutros ainda menos – mas que contribuíram corajosamente, com o seu exemplo de combatividade e de espírito de sacrifício, para uma justa luta contra a grave situação no sector e na economia em geral.

4. O Sindicato saúda também os jornalistas que não tiveram condições para aderir a esta forma de luta, especialmente aqueles que receiam represálias pela participação nas lutas laborais e pelo seu envolvimento em acções e iniciativas sindicais. A estes, é devida uma palavra de compreensão e de solidariedade pelas fragilidades que os afectam, mas também de estímulo: é necessário que saibam que não estão sós, que as suas fraquezas podem tornar-se força, se unidas e postas ao serviço de lutas comuns.

5. Consciente de que os objectivos enunciados para esta luta não se alcançam num dia e que exigem um combate continuado e perseverante, o SJ apela a todos os jornalistas para que reforcem a unidade, nomeadamente em torno do seu Sindicato, e aumentem a sua disponibilidade para as lutas que vamos ter de continuar a travar.

Lisboa, 14 de Novembro de 2012
A Direcção

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