O Sindicato dos Jornalistas (SJ) condena as sanções por delito de opinião em Cuba e apela às autoridades e à União dos Jornalistas e Escritores daquele país para criarem condições democráticas para o exercício da profissão sem discriminações.
Em comunicado, a Direcção do SJ considera que a liberdade de imprensa não pode ser refém das graves distorções provocadas na sociedade cubana pelo bloqueio decretado pelos EUA.
É o seguinte o texto intgeral do comunicado da Direcção do Sindicato dos Jornalistas:
O SJ E AS CONDENAÇÕES EM CUBA
1. “O Sindicato dos Jornalistas (SJ) recebeu com apreensão a notícia da condenação, a exorbitantes penas de prisão, de vários jornalistas e escritores cubanos em virtude do exercício das suas profissões, acusados no âmbito de um vasto processo contra dissidentes.
2. “O SJ tem consciência da complexidade da situação em Cuba, cujo povo enfrenta há mais de quatro décadas os dramáticos efeitos de um bloqueio injustificável decretado pelos Estados Unidos da América, distorcendo a vida económica, social e política e bloqueando internamente o próprio debate democrático.
3. “Em coerência com a sua própria história e com os princípios que defende, o SJ considera que a liberdade de imprensa e a livre expressão das opiniões não podem ser reféns de uma situação que só pode ser ultrapassada com o empenho cívico dos cidadãos.
4. “Assim, o SJ condena as sanções contra os alegados delitos de opinião, apela às autoridades cubanas para que revejam a sua atitude em relação ao exercício da liberdade de expressão e exorta a União dos Jornalistas e Escritores de Cuba a buscar condições democráticas para o exercício da profissão mesmo daqueles que não são seus filiados”.
