Sindicatos europeus criam rede para defesa de direitos

A criação de uma estrutura de trabalho em rede capaz de apoiar eficiente e rapidamente as respostas aos ataques aos direitos laborais dos jornalistas, particularmente nas empresas multinacionais, foi decidida numa reunião promovida pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) e pela Academia Sindical Europeia, em Chipre, de 27 a 29 de Maio.

Os sindicatos e organizações presentes, entre os quais o Sindicato dos Jornalistas (SJ), definiram um plano de acção para o desenvolvimento do trabalho em rede, contemplando aspectos como a informação, apoio especializado e cooperação.

O reforço das estruturas sindicais e de trabalhadores, aos níveis nacional, sectorial e de empresa foi largamente debatido na reunião, sobretudo tendo em vista o aproveitamento total das potencialidades dos Comités de Empresa Europeus.

“Forcedlance”

A precariedade de trabalho tem colocado um número crescente de jornalistas europeus na situação de falsos freelance, o que levou os participantes na reunião a interrogarem-se sobre a eventualidade da criação de uma nova figura de jornalista: o “forcedlance”. Efectivamente, a maioria dos jornalistas hoje considerados freelance são profissionais que exercem trabalho subordinado sem a retribuição nem os direitos inerentes a essa situação.

A actualização da situação dos jornalistas freelance em todos os países europeus vai ser feita pelas organizações sindicais, para ser analisada na Conferência de Bratislava, em Setembro, que tem como objectivo a aprovação de uma Carta do Freelance.

Na reunião de Chipre, onde o SJ esteve representado pelo vice-presidente da Direcção José Luiz Fernandes, foram ainda debatidos outros assuntos como as directivas europeias relacionadas com questões laborais e a formação profissional dos jornalistas.

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