O Sindicato dos Jornalistas considera que a contra-proposta de aumento salarial apresentada na terça-feira pela administração da Lusa está muito longe do que poderia ser uma base para um acordo.

A administração avançou um aumento de 1,5 por cento na primeira reunião com os sindicatos da empresa para a negociação de aumentos salariais, que decorreu no dia 18.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) considerou este valor insuficiente e lamentou que a administração não tenha respondido à proposta de aumento para 25 dias do período de férias, entre outras propostas avançadas pela estrutura sindical dos jornalistas.

Apesar das férias de 25 dias serem praticadas em várias empresas de comunicação social, a administração manifestou dúvidas em que esse acordo se justifique.

A administração recusou também a proposta de integração das dispensas no Acordo de Empresa.

O SJ considerou ainda que deve existir um sistema único de ajudas de custo, face à proposta de ajudas de custo diferenciadas para trabalhadores e directores apresentada pela administração. O SJ exigiu ainda a reposição da cláusula anterior do Acordo de Empresa quanto a faltas para assistência à família, que foi alterada sem qualquer negociação. A empresa comprometeu-se a averiguar esta questão.

O SJ concordou com a administração da Lusa quanto à necessidade de uma negociação rápida, mas salientou que será difícil encontrar um acordo que não seja com base num “pacote” que satisfaça todas as partes. O sindicato propôs ainda um fundo de pensões que permitirá compensar os trabalhadores e com custos favoráveis para a Lusa.