Serviço público de TV dinamarquês ameaçado

O despedimento do director-geral da estação de televisão dinamarquesa DR, Christian S. Nissen, ocorrido a 5 de Outubro devido a alegados problemas orçamentais inesperados, representa um desafio ao serviço público, afirmou o presidente do Sindicato Dinamarquês de Jornalistas, Mogens Blicher Bjerregård.

Apesar de criticar algumas decisões do ex-director-geral da DR – cuja política de gestão incluiu centenas de despedimentos e levou a greves de quatro semanas em 2002 –, Mogens Blicher Bjerregård reconhece que Christian S. Nissen sempre lutou contra a interferência política do conselho de administração na liberdade editorial da estação.

Aliás, o mau ambiente vivido entre Christian S. Nissen e o presidente do conselho de administração da DR é apontado por vários comentadores dinamarqueses como um dos principais factores que levaram a este despedimento.

Ainda segundo o dirigente sindical, durante os dez anos em que liderou a DR, Christian S. Niessen ficou conhecido pelas suas lutas em prol do serviço público, tanto na Dinamarca como no resto da Europa, através da União Europeia de Radiodifusão (UER).

Assim, tendo em conta o peso dos dois canais públicos dinamarqueses (DR e TV2) – que juntos têm mais de 75% das audiências – Mogens Blicher Bjerregård instou o conselho de administração a encontrar um novo director-geral que siga “a mesma linha de alta qualidade no serviço público de televisão”.

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