Sequestros e assassinatos de jornalistas no Iraque

A morte de um fotógrafo freelance e de uma ex-repórter de televisão, bem como o sequestro há quase um mês de um jornalista do “Al-Dawa”, fizeram a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançar um apelo às autoridades iraquianas para que tomem medidas concretas para proteger os profissionais dos média.

Pelos cálculos da organização, já foram mortos pelo menos oito profissionais do sector desde o início do ano, sendo o mais recente desses casos o de Suhad Shakir Al Kinani, antiga repórter da Iraqi Media Network que actualmente trabalhava para o gabinete de imprensa do parlamento, que foi alvejada mortalmente a 4 de Fevereiro quando o seu carro foi apanhado num tiroteio entre uma patrulha da coligação e um grupo armado.

Uma semana antes, a 28 de Janeiro, o fotógrafo freelance Munjid Al-Tumaimi foi abatido em Najaf quando tirava fotografias num hospital às pessoas que tinham sido mortas ou feridas após confrontos perto daquela cidade, tendo os seus assassinos levado a máquina fotográfica e o telemóvel.

A RSF noticiou ainda o caso do jornalista Karim Sabri Sharar Al-Rubai, do “Al-Dawa”, raptado a 11 Janeiro por homens armados em Bagdade, aproveitando para relembrar que actualmente há sete reféns entre a comunidade jornalística iraquiana, sobre os quais não há notícias, e que são quase invisíveis para o público internacional por se tratarem de jornalistas locais.

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