RSF acusada de ser financiada por Washington

A revista brasileira “Carta Capital” denunciou na sua edição de 30 de Agosto que a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) é financiada pelo governo dos Estados Unidos para colaborar em campanhas contra governos de ideologia contrária a Washington.

Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a peça divulgada no Brasil recorda que, aquando dos debates sobre o PLC 079/04, que regulamentava a profissão dos jornalistas brasileiros, a RSF corroborou o discurso patronal que levou o governo Lula a vetar o projecto.

A revista “Carta Capital” afirma ainda que o financiamento de organizações não governamentais pelos EUA visa destabilizar governos como o de Hugo Chávez na Venezuela ou o de Fidel Castro em Cuba, havendo ainda registo de interferências no Haiti e no Iraque.

Jornalistas a soldo

Também o jornal norte-americano “The Miami Herald” denunciou, a 8 de Setembro, que pelo menos dez jornalistas estavam a ser pagos por Washington para realizarem programas anti-castristas na Rádio Martí e na TV Martí, com sede na Florida.

De entre os jornalistas contam-se Pablo Alfonso, Wilfredo Cancio Isla e Olga Connor, que trabalhavam também para o “El Nuevo Herald”, jornal de língua espanhola pertence ao grupo do “The Miami Herald”, e que foram entretanto despedidos.

Da lista fazem ainda parte Helen Aguirre Ferre e Ariel Remos, do “Diario Las Americas”, Miguel Cossio e Juan Manuel Cao, do Channel 41, Carlos Alberto Montaner, do “El Nuevo Herald” e “The Miami Herald”, e Ninoska Perez-Castellón, da Radio Mambi.

Os jornalistas, animadores e comentadores escolhidos ocupavam em muitos casos posições de chefia ou eram conhecidos pela sua popularidade ou capacidade de formar opiniões, ascendendo o valor dos pagamentos feitos entre 2001 e 2005 aos milhares de dólares.

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