Um agente das forças de segurança liberianas e um soldado da Missão das Nações Unidas na Libéria (UNMIL) agrediram violentamente vários jornalistas que cobriam um motim de estudantes a 19 de Junho, tendo o repórter Daylue Goah, do “New Democrat”, ficado ferido com gravidade.

De acordo com notícias locais citadas pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o jornalista do “New Democrat” e o seu colega Evans Ballah, do “Public Agenda”, foram agredidos por um agente do Serviço Especial de Segurança e por um militar nigeriano integrado na UNMIL, os quais, além da agressão, rasgaram os cartões de identidade dos dois profissionais e obrigaram-nos a eliminar fotografias das máquinas digitais.

Daylue Goah foi agredido pelos dois militares até ficar inconsciente, tendo sido levado por civis para o hospital, onde ainda se encontra em estado grave e incapaz de falar.

Condenando a “brutalidade policial” contra os jornalistas, a RSF revelou-se particularmente espantada com a “falta de profissionalismo e autocontrolo de tropas ao serviço da ONU”, tendo exigido a investigação exaustiva dos incidentes e a punição dos responsáveis pelo uso deliberado de violência contra membros da imprensa.