Repórter da ITN continua desaparecido no Iraque

Os correspondentes em Bruxelas confrontaram os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia com uma manifestação de silêncio, em protesto contra a recusa do Governo britânico em abrir um inquérito sobre o desaparecimento de Fred Nérac, repórter de imagem da ITN, na Guerra do Iraque.

Em vez de perguntas silêncio, câmaras e microfones no chão -foi a atitude dos jornalistas estrangeiros na conferência de Imprensa de ontem dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em protesto contra o alheamento com que está a ser encarado o desaparecimento, em 22 de Março, no Sul do Iraque, de Fred Nérac, um francês repórter de imagem da televisão inglesa ITN, e do intérprete Hussein Osman, de nacionalidade libanesa.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pronunciou-se, a 13 de Maio, contra declarações do ministro da Defesa britânico, Geoff Hoon, que se negou a abrir uma investigação enquanto a estação televisiva ITN não apresentar a prova de que se está perante um crime de guerra.

O canal britânico e a mulher de Fred Nérac, Fabienne Nérac, exigiram que a polícia militar britânica abra uma investigação “clara e transparente” sobre as circunstâncias da morte de Terry Lloyd e o desaparecimento de Fred Nérac e de Hussein Osman.

Em 22 de Março de 2003, perto de Bassorá, no Sul do Iraque, quatro jornalistas do canal ITN foram apanhados no fogo cruzado entre marines norte-americanos e forças iraquianas. O correspondente Terry Lloyd, de 51 anos, foi morto, o operador de imagem belga Daniel Demoustier ficou ferido e Fred Nérac e Hussein Osman desapareceram.

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