Uma conferência sobre Desporto e Média marcou, dia 25, o arranque do XXV Congresso Mundial da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que decorre até domingo em Atenas.
Para a FIJ, apesar da importância crescente dos eventos desportivos na vida das pessoas, questões ligadas com a publicidade e os direitos de transmissão, entre outras, impedem a devida cobertura dos acontecimentos, lesando o direito do público à informação.
O facto de, em diversos casos, empresas dos média pertenceram aos mesmos grupos que organizações desportivas e patrocinadores deixa muitos jornalistas desportivos numa situação delicada, entalados entre as pressões do patronato e a lealdade ao público.
A vincada ausência de mulheres com cargos de destaque nas organizações desportivas internacionais e as campanhas que associam o desporto apenas ao género masculino foram também objecto de debate no primeiro dia do Congresso, em que se discutiu igualmente o recurso ao trabalho infantil na confecção de artigos desportivos.
A falta de ética e de diplomacia no mundo desportivo contemporâneo – quando estas alicerçaram o nascimento das Olimpíadas gregas – foi apontada por diversos participantes no primeiro dia do encontro, tendo-se concluído, após as várias intervenções, que é necessário mudar a actual relação entre as organizações desportivas e os jornalistas e a forma como são noticiadas as provas.
O Sindicato dos Jornalistas está representado no Congresso da FIJ pelos membros da sua Direcção Anabela Fino, também membro da Comissão de Finanças da Federação Europeia de Jornalistas, e por Martins Morim, responsável pelas Relações Internacionais.