A quase totalidade dos 80 jornalistas do “Serambi Indonesia”, o único diário da região de Aceh, estão desaparecidos e presume-se que mortos, na sequência do sismo, seguido de maremoto, que afectou aquela região da ilha de Sumatra.
De acordo com o “Jakarta Post”, as últimas notícias publicadas no sítio do “Serambi Indonesia” datam da manhã de 26 de Dezembro, e os escritórios e a tipografia do jornal estão entre os edifícios da baixa de Banda Aceh que foram totalmente destruídos pela catástrofe natural.
Fundado no início da década de 1990 por vários jornalistas do “Kompas” (o maior jornal do país) – entre os quais Syamsul Kahar, que sobreviveu a esta tragédia – o “Serambi Indonesia” pertence ao grupo Gramedia, que tentou aferir o estado dos seus funcionários na região através do responsável da delegação do “Kompas” em Aceh.
Porém, a resposta obtida leva o grupo a temer o pior, uma vez que a maior parte das casas dos funcionários “já não existe”.
Desde o dia da tragédia, várias empresas de comunicação de fora de Aceh têm tentado localizar o pessoal colocado na região mas, até 28 de Dezembro, apenas tinham sido encontradas com vida Nani Afrida, do “The Jakarta Post”, e Nur Raihan, do “detik.com”, tendo esta última explicado que se salvou por milagre e que o trabalho de reportagem na zona estava dificultado pela falta de gasolina, que obrigava toda a gente a “andar a pé de um sítio para outro”.