Quatro jornalistas expulsos de Guantánamo

O Pentágono obrigou, a 14 de Junho, três jornalistas e um fotojornalista a abandonarem a base militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba, depois destes terem começado a investigar o suicídio de três detidos a 10 de Junho.

Os jornalistas expulsos foram Carol J. Williams, do “Los Angeles Times”, Carol Rosenberg, do “Miami Herald”, Michael Gordon, do “Charlotte Observer”, e o fotógrafo Todd Sumlin, também do “Charlotte Observer”.

De acordo com declarações de Jeffrey D. Gordon, porta-voz do Pentágono, à “Editor & Publisher”, a ordem dada aos jornalistas não está relacionada com as reportagens efectuadas, mas com ameaças de outros órgãos em tomar medidas legais se não obtivessem autorização para entrar na base ou se se sentissem preteridos face a outros.

Cynthia Smith, outra porta-voz do Pentágono, afirmou mesmo que a decisão se devia a uma procura de imparcialidade e justiça, justificação que não é aceite por Doug Frantz, editor-executivo do “Los Angeles Times”, para quem a atitude governamental é “da Idade da Pedra e apenas alimenta suspeitas sobre o que se passa em Guantánamo”.

Posição similar tem a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que insta o governo dos EUA a garantir o livre acesso à base naval, caso pretenda transmitir uma ideia de credibilidade e transparência acerca do que se passa nas instalações.

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