A discriminação sistemática de um jornalista pelo presidente do Marítimo, do Funchal, por ordem do qual teria sido impedido de participar numa conferência de imprensa, deu azo a que o Sindicato dos Jornalistas apresentasse queixa ao Procurador Geral da República e exarasse um veemente protesto junto da Liga de Clubes.
A Direcção Regional da Madeira do Sindicato dos Jornalistas (SJ) emitiu um comunicado em que protesta publicamente contra a expulsão do jornalista Miguel Fernandes, ontem à tarde, da conferência de Imprensa para apresentação da equipa do Clube Sport Marítimo para a época 2001/2002. A ordem de expulsão ter-se-á verificado por ordem do presidente do clube, dada por intermédio do respectivo secretário permanente, quando o referido jornalista se encontrava no Campo Imaculada Conceição, em Santo António, ao serviço do Jornal de Notícias, do Porto.
Este procedimento persecutório do presidente do Clube Sport Marítimo já tem antecedentes relativamente ao mesmo jornalista, pelo que, em Janeiro de 2001, a Direcção Regional da Madeira do SJ lhe dirigiu uma carta de protesto, que pelos vistos não surtiu o desejável efeito.
Solidarizando-se com o seu camarada e com o protesto da Direcção Regional da Madeira, o SJ vai participar o caso ao Procurador Geral da República e exarar um veemente protesto junto da Liga de Clubes, a fim de que este lamentável caso não passe em julgado, em defesa do indeclinável direito à liberdade de informação.