Progressos na investigação à morte de Gyorgy Gongadze

A investigação à morte do jornalista Gyorgy Gongadze, na Ucrânia, verificou alguns progressos com a detenção de vários suspeitos do assassinato, tornada pública a 1 de Março pelo presidente Viktor Yushchenko, que se afirmou empenhado em apurar os culpados.

Em reacção, a FIJ assinala como positivo que o governo de Kiev queira fazer justiça neste caso e salienta que é preciso esclarecer o eventual envolvimento do antigo presidente Leonid Kuchma na morte de Gyorgy Gongadze, que editava o jornal antigovernamental “Ukrainska Pravda”, apenas disponível na Internet.

Em Janeiro passado, um relatório detalhado foi entregue pela FIJ a Viktor Yushchenko, apelando a que iniciasse um inquérito público face à suspeita de obstrução da Justiça na investigação do caso da morte do jornalista, cujo corpo foi encontrado decapitado nos arredores de Kiev a 2 de Novembro de 2000, cerca de mês e meio depois de ter desaparecido.

A FIJ tem insistido em clarificar a hipótese de Leonid Kuchma ser o mandante do crime, dado que gravações áudio na posse de um seu ex-guarda-costas comprovam que o antigo chefe de Estado ucraniano terá dito a homens da sua confiança para se livrarem do repórter.

Na próxima semana, o secretário-geral da FIJ vai deslocar-se a Kiev onde tem encontro marcado com grupos de jornalistas do país, junto dos quais examinará os recentes avanços no caso Gyorgy Gongadze.

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