A companhia de teatro Seiva Trupe entregou ontem à noite o Prémio Seiva 2012, um galardão que visa distinguir personalidades que tenham contribuído para o progresso, dignificação e prestígio das Artes, das Ciências e das Letras da cidade do Porto.

O Prémio Seiva, que vai na décima edição, foi atribuído ao escultor e designer João Machado, ao astrónomo Nuno C. Santos e ao poeta Fernando Guimarães.
João Machado foi professor de Artes Gráficas na Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1975 e 1981, tendo desenvolvido trabalhos em filatelia, logótipos, cartazes e posters e impressão gráfica. É autor, entre outros, dos cartazes do Cinanima.
Nuno C. Santos é professor no Departamento de Física e Astronomia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, estando envolvido actualmente na procura e identificação de planetas extra-solares e estrelas com planetas em órbita, através de modelos estatísticos.
Fernando Guimarães é poeta, ensaísta, crítico e tradutor, co-dirigiu a revista Eros, na década de 1950, altura da sua estreia poética, com o lançamento de “A Face Junto ao Vento”. Traduziu Byron, Dylan Thomas e Keats. Foi distinguido em 2007 com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.
O Prémio Seiva é atribuído por um júri, que este ano integrou os professores universitários Arnaldo Saraiva, Eduardo Paz Barroso, Manuel João Monte e o actor António Reis, em representação da companhia de teatro, e ratificado por uma comissão composta por jornalistas e presidida por um membro da Direcção do Sindicato dos Jornalistas.
Este ano, o Júri teve a seguinte composição: Paulo Almeida (Sindicato dos Jornalistas), Jorge Marmelo (“Público”), Sérgio Almeida (“Jornal de Notícias”) e David Pontes (Agência Lusa).
A entrega do Prémio Seiva, uma escultura de José Rodrigues, antecedeu a representação da peça “Squash”, de Ernesto Caballo, encenada por Júlio Cardoso, com as participações de Paula Guedes, Adriana Faria e Miguel Rosas.