A polícia de segurança do Estado do Sudão proibiu toda a edição de dia 22 do diário de língua inglesa “Khartoum Monitor” por o editor da publicação ter recusado retirar do periódico um texto da agência Reuters e o seu próprio editorial, ambos sobre uma revolta num campo de refugiados, de que resultaram 20 mortos.
A revolta no campo de Soba Aradi, a sul da capital, em que morreram seis civis – entre os quais um bebé e uma adolescente – e 14 polícias, eclodiu quando os agentes da autoridade tentaram, à força, enviar os refugiados para os seus locais de origem, na região de Darfur ou no Sul do país.
De acordo com um agente citado pela Reuters, o jornal não está a ser alvo de censura e as autoridades apenas solicitaram que “certos temas fossem abordados de forma responsável” pelos jornalistas, mas, segundo a Repórteres Sem Fronteiras, as autoridades informaram o jornal de que passariam a fazer visitas todas as noites para se assegurarem de que os artigos a publicar “não pisavam o risco”.