A coordenação de campanha da Coligação Paraná Forte, que procura a reeleição do governador do Paraná Roberto Requião (PMDB), pediu ao Ministério Público Estadual a quebra de sigilo telefónico de profissionais da “Gazeta do Povo” e da “Folha de S. Paulo” que trabalham na cobertura do caso de escutas que envolviam um ex-funcionário da Casa Civil do Estado que se apresentava como assessor do governador.

A acção mereceu a condenação veemente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná e da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), que consideram que “a quebra do sigilo telefónico é uma flagrante violação ao princípio constitucional que assegura protecção às fontes jornalísticas”.

Embora defenda o direito de todo o cidadão buscar reparações por danos eventualmente causados pela imprensa, a FENAJ repudia qualquer tentativa de censura prévia – como a que ocorreu com a matéria do “Folha de S. Paulo” – e de questionamento ao dispositivo que garante o sigilo, e frisa que “no caso do Paraná, não se trata apenas de defender os jornalistas ou as fontes. Trata-se de defender, especialmente, o próprio direito à informação”.