Carlos Camponez obteve o grau de doutorado, com “distinção e louvor por unanimidade”, com a defesa da sua dissertação sobre “Os fundamentos da Deontologia do Jornalismo – A auto-regulação frustrada dos jornalistas portugueses (1974-2007)”.

Jornalista e professor no Instituto de Estudos Jornalísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Carlos Camponez foi membro do Conselho Deontológico do Sindicado dos Jornalistas no anterior mandato.

Dissertação de doutoramento em Letras, na área científica de Ciências da Comunicação, especialidade em Ética e Deontologia da Comunicação, foi orientada pelo professores João Pissarra Esteves e Maria João Silveirinha. Carlos Camponez defendeu a sua tese no passado dia 24 de Fevereiro de 2010, tendo o júri considerado o trabalho como “relevante experiência no saber jornalístico, investigação e de ciência”, cuja riqueza conceptual “não abunda no país”.

O autor abordou os modelos de auto-regulaçao, regulação e co-regulação dos jornalistas, o papel do Conselho Deontológico, do Conselho de Imprensa, dos Conselhos de Redacção e do próprio sindicato, numa perspectiva critica enquadrada na liberdade de expressão e de imprensa equacionadas com os novos paradigmas comunicacionais.

O júri, constituído por oito catedráticos, foi presidido pelo Director da Faculdade de Letras de Coimbra e presidente do Conselho Científico, Carlos André. Foram seus arguentes principais Joaquim Fidalgo e Arons de Carvalho, professores das Universidades do Minho e Nova de Lisboa.

A tese de doutoramento de Carlos Camponez é constituída pelos seguintes oito capítulos: Ética e moral; Direito; Deontologia; Deontologia, regulação e auto-regulação; Liberdade de expressão e liberdade de imprensa; Economia dos média, inovação tecnológica e autonomia profissional; Aspectos institucionais de uma auto-regulação regulada; e Juridificação da deontologia e captura da auto-regulação.