Oito jornalistas detidos na Etiópia

As autoridades etíopes detiveram oito jornalistas desde o início da instabilidade política no país há duas semanas, tendo o governo ameaçado acusar alguns deles de traição, uma ofensa que implica a pena de morte.

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) mostrou-se indignado com as detenções efectuadas e exigiu ao governo de Meles Zenawi que “abandone qualquer ideia de acusar os jornalistas de traição e ponha fim a esta tentativa inclassificável de encerrar os média independentes do país”.

Desde o início de Novembro, os protestos da oposição contra a alegada fraude nas eleições de Maio subiram de tom e originaram diversos confrontos com as forças de segurança, os quais já resultaram na morte de mais de 40 pessoas.

Além da repressão nas ruas as autoridades etíopes têm realizado rusgas a órgãos de informação, confiscando bastante material necessário ao trabalho dos jornalistas, e divulgaram através dos média estatais uma lista de pessoas procuradas pelo governo, na qual se incluem os donos e editores de oito semanários privados e Kifle Mulat, presidente da Associação da Imprensa Livre Etíope (EFJA).

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