Na morte de Manuel Pereira Rodrigues

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas recebeu hoje com profundo pesar a notícia da morte de Manuel Pereira Rodrigues, sócio número 31 do sindicato, que se distinguiu como um dos mais notáveis repórteres criminais da sua geração.

Nascido em 1916, Manuel Pereira Rodrigues foi uma figura emblemática do jornalismo português. Era uma presença assídua nas redacções em que trabalhou, mesmo depois de se reformar, acarinhando particularmente os jornalistas mais jovens e os que herdaram o seu testemunho e trabalhavam na área que noutros tempos era designada por “fazer as polícias”.

Conhecido amistosamente entre os seus camaradas de profissão como “Manuel Pincel” e “Manuel Polícia”, começou por trabalhar no jornalismo desportivo. Em 1945, tornou-se colaborador do jornal “Os Sports”, onde permaneceu dois anos. Trabalhou ainda no “Mundo Desportivo” antes de ingressar na redacção do “Diário de Notícias”, em 1947.

Foi também um dos fundadores do “Diário Popular” e trabalhou neste vespertino e no DN até se reformar, em Agosto de 1984.

Para assinalar os seus 50 anos de jornalismo, a Direcção do Sindicato dos Jornalistas, então presidida por António dos Santos, distinguiu Manuel Pereira Rodrigues com uma placa comemorativa, em cerimónia que decorreu na sede do sindicato. Foi também homenageado pelo DN quando era seu director Mário Mesquita.

No seu último dia de trabalho, a Polícia Judiciária entregou ao jornalista um “crachat” de ouro da corporação, distinção que até aí apenas tinha sido atribuída a profissionais ligados à Justiça.

O corpo de Manuel Pereira Rodrigues encontra-se na Igreja da Boa Hora, em Lisboa, desde as 18 horas de hoje. O funeral realiza-se amanhã, dia 1 de Março, às 15 e 30 horas, para o Cemitério da Ajuda.

Manuel Pereira Rodrigues era pai do jornalista e sócio do SJ, Pedro Pereira Rodrigues.

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas apresenta as mais sentidas condolências à família de Manuel Rodrigues Pereira.

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