As jornalistas Alexandra Lucas Coelho, do “Público”, e Cândida Pinto, da SIC, venceram ex-aequo o Grande Prémio Gazeta 2005, num ano em que todos os galardões individuais foram atribuídos a mulheres.

A repórter do “Público” foi distinguida pela “qualidade literária, originalidade, rigor e adequada contextualização” dos três artigos que apresentou a concurso – “O miúdo da Intifada trocou as pedras pela música”, “A mancha de D. Quixote” e “Marco de Canaveses, a herança de Avelino Ferreira Torres” –, enquanto Cândida Pinto viu reconhecido o “trabalho modelar” que efectuou na reportagem “Snu”, onde se “aprofunda uma questão tão delicada quanto relevante para a história contemporânea de Portugal”.

O troféu Gazeta de Mérito coube a Edite Soeiro, a jornalista com mais anos de profissão ainda em actividade, e que exerceu a profissão em publicações como “O Intransigente”, de Benguela, a revista “Flama”, “O Jornal” ou a newsmagazine “Visão”, na qual ainda escreve.

No outro extremo geracional, o Prémio Gazeta Revelação foi atribuído a Inês Almeida, autora dos artigos “O Lixo do Dia” e “Teatro para Inglês Ver”, publicados no suplemento “DNA”, do “Diário de Notícias”, nos quais demonstra “um assinalável talento de repórter, com uma escrita bem estruturada, sensível e criativa”.

O júri, composto por Daniel Ricardo, Eduardo Gageiro, Eugénio Alves, Fernando Cascais, Fernando Correia, Guiomar Belo Marques, Jorge Leitão Ramos, José Mário Costa, José Rebelo e José Manuel Paquete de Oliveira, atribuiu ainda o Prémio Gazeta Imprensa Regional ao semanário algarvio “Barlavento”, pela sua atenção à realidade política, económica, social e cultural da região algarvia, e independência face aos poderes locais.