Mudanças no fundo de pensões da BBC podem originar greve

Os sindicatos NUJ, BECTU e AMICUS admitem recorrer à greve caso a BBC insista em não efectuar “negociações significativas” acerca das mudanças que pretende realizar no fundo de pensões e na idade normal de reforma dos seus trabalhadores.

A empresa pública de rádio e televisão do Reino Unido pretende acabar em Setembro próximo com o actual fundo de pensões que garante prestações de reforma proporcionais ao salário de fim de carreira, substituindo-o por um fundo que define as reformas com base no salário médio de todo o tempo de serviço. A BBC pretende também aumentar as contribuições para 7,5%, subindo-as mesmo para 9% no caso dos trabalhadores em final de carreira; e aumentar a idade normal da reforma para 65 anos até 2016.

Por seu turno, os sindicatos recusam um sistema a duas velocidades e pretendem manter o actual sistema de pensões aberto a novos membros, querem fixar o tecto máximo das contribuições em 7,5% e pretendem que a empresa abandone os planos de forçar o pessoal a trabalhar até aos 65 anos.

“O esquema de pensões tem dinheiro suficiente e a BBC admite que não há qualquer crise – então por que pretende penalizar os trabalhadores desta maneira?”, questiona Jeremy Dear, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas (NUJ), acrescentando que a BBC está a pedir ao pessoal que pague mais 20 milhões de libras por ano quando a empresa poupou mais de um bilião de libras com o pagamento de contribuições reduzidas desde 1992.

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