O livro “Ambiente no Ecrã: Emissões e Demissões no Serviço Público Televisivo”, da socióloga e jornalista Luísa Schmidt, foi lançado, em 10 de Dezembro, no novo auditório do Instituto de Ciências Sociais, no Campo Grande, em Lisboa. A apresentação da obra esteve a cargo de Carlos Pimenta e Viriato Soromenho-Marques e foram projectadas algumas sequências do documentário “Poluição em Imagens”.

O livro analisa quase 40 anos de programação da RTP e pretende desvendar os reflexos da cobertura de temas ambientais por parte do canal público, que durante décadas foi a única estação de televisão a emitir em Portugal.

A obra teve o apoio do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e resulta da tese de doutoramento de Luísa Schmidt, para a qual a socióloga analisou todos os programas e notícias de Ambiente que a RTP emitiu entre 1957 e 1995. No livro, a análise foi alargada até ao ano 2000.

Uma das conclusões deste livro é que a frequência de notícias de Ambiente aumentou no pequeno ecrã com o surgimento das estações de TV privadas, apesar de a RTP ter tido apenas três séries televisivas sobre o tema ao longo de quatro décadas: “Há só uma Terra” (1972), “Ambientes, Magazine de Ecologia” (1992) e o actual “Planeta Azul”.

Para este último programa, Luísa Schmidt está a preparar um conjunto de quatro episódios sobre as histórias ambientais retratadas pela RTP, com imagens de arquivo e novas filmagens. A série deverá ser emitida em 2004.

Luísa Schmidt escreve sobre Ambiente no semanário “Expresso” desde 1990, recebeu em 2002 o prémio Internacional de Comunicação Ambiental, pelo trabalho que tem desenvolvido em defesa do Ambiente, e é uma das fundadoras do Observatório do Ambiente.