Um tribunal de Haia ordenou a 1 de Dezembro a libertação de Bart Mos e Joost de Haas, jornalistas do “de Telegraaf”, detidos no início da semana por defenderem o sigilo das suas fontes num caso que envolve um agente suspeito de ter cedido dossiers secretos a criminosos.
Não obstante a libertação, continua a pender sobre os jornalistas a ordem judicial de revelar as fontes ao tribunal.
A libertação foi saudada pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), que no entanto apelou a uma acção a nível europeu pelo fortalecimento dos direitos dos jornalistas, por forma a “acabar com a incerteza legal e com a atmosfera intimidatória que rodeia os repórteres que realizam trabalho de investigação”.
A organização revelou ainda que existe uma preocupação crescente no seio da classe em relação a pressões das autoridades para chegarem às fontes jornalísticas, dando exemplos de casos na Holanda, na Letónia, no Reino Unido, na Irlanda, na Alemanha, em Itália e na Dinamarca.
Frisando a inexistência de protecção legal suficiente a nível nacional em vários países, a FEJ afirma aguardar com expectativa o resultado da decisão de hoje, 4 de Dezembro, relativa ao julgamento de três jornalistas do “Berlingske Tidende” que são acusados de publicar documentos confidenciais expondo a falsa argumentação do governo dinamarquês acerca da existência de armas de destruição maciça no Iraque.