Liberdade de informação sob ameaça na Indonésia

Oito jornalistas estrangeiros foram expulsos do país no exercício da sua atividade. Federação Internacional de Jornalistas exige que o país assegure condições para a liberdade de informação quer aos jornalistas locais, quer aos estrangeiros.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) exigiu à Indonésia que sejam asseguradas, quer aos jornalistas locais, quer aos estrangeiros, as condições necessárias para o exercício da sua atividade e para a liberdade de informação e expressão.

A posição da FIJ surge na sequência da expulsão de oito jornalistas estrangeiros da Indonésia por exercerem a sua atividade como repórteres.

A entidade refere, por exemplo, os casos dos suecos Vilhelm Stokstad e Axel Kronholm, expulsos após terem sido seguidos por elementos dos serviços de imigração quando acompanhavam uma manifestação junto à mesquita de Istiqlal, no centro de Jakarta.

Depois de detidos, os dois jornalistas foram forçados a apagar todas as imagens que tinham da manifestação, além de lhes ser exigido que nada fosse publicado sobre o assunto para que “não se transmitisse uma ideia errada sobre a Indonésia”. Foram ainda acusados de atividade ilegal porque, alegadamente, não dispunham de acreditação para o acompanhamento da manifestação.

Seis japoneses foram, por outro lado, detidos em Wamena (Papua) quando trabalhavam num documentário sobre as tribos Mamuna e Korowai. O sexteto esteve na cadeia durante 24 horas e, no passado dia 11, foi colocado em liberdade com instruções para deixar o país.

A FIJ acentua que estas atitudes das autoridades contrastam com o anúncio feito em 2015 pelo presidente da Indonésia, Joko Widodo, no sentido de que o país estava aberto aos media.

Partilhe