Os serviços secretos bielorrussos KGB revistaram na manhã de 27 de Março as casas de cinco jornalistas, confiscando computadores e outro material, e tentaram fazer buscas na casa de um sexto, que se recusou a abrir a porta aos agentes.

Os visados foram Eduard Mielnikau, Anatol Hatochyts, Alena Stsiapanava, Tamara Shchapiotkina, Hienadz Sudnik e Vadzim Barshcheusky (que não abriu a porta), profissionais que são acusados de difamar o presidente Alexander Lukashenko em cartoons no decorrer do evento público “Terceira Via”, em 2005.

Estes raides das autoridades seguem-se a agressões, apreensões, detenções e processos judiciais contra repórteres que cobriram protestos em Minsk no início da semana e, segundo a presidente da Associação de Jornalistas da Bielorrúsia, Zhanna Litvina, não são mais do que represálias pela cobertura imparcial dos eventos e pela divulgação de informação verdadeira sobre a situação económica e social do país”.

Comentando o facto de o presidente da Bielorrússia ter assinado um acordo com a empresa britânica de relações públicas Bell Pottinger Group para que esta “melhore a sua imagem”, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) disse que a melhor solução é as autoridades do país passarem a respeitar a liberdade de imprensa e o trabalho dos jornalistas, algo que não tem acontecido nos últimos anos.