Junta militar da Birmânia proíbe revista de actualidade

A comissão de censura da Junta militar que governa a Birmânia proibiu a 1 de Setembro, por tempo indeterminado, a revista privada bimensal “Khit-Sann”, dedicada à cobertura da actualidade, por a considerar demasiado “pró-americana”.

A medida foi contestada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pela Associação de Média da Birmânia, que fazem notar que “ao ritmo a que as publicações estão a ser encerradas e os jornalistas a ser pressionados, dentro de pouco tempo a imprensa birmanesa ficará limitada à propaganda oficial e a alguns revistas privadas de entretenimento”.

A “Khit-Sann” existia desde Agosto de 2003, sendo uma das poucas publicações dedicada à actualidade e a assuntos sociais, económicos e filosóficos. Com uma tiragem de três mil exemplares, a revista era particularmente popular entre os jovens e os intelectuais de Rangum, capital deste país do Sudeste Asiático.

Recentemente, a comissão de censura proibiu a capa da publicação privada “Khit-Thit”, por considerar “demasiado agressiva” a imagem do desembarque das tropas norte-americanas na Normandia, a propósito do sexagésimo aniversário do Dia D.

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