Uma multidão que entoava slogans maoístas forçou, ao meio-dia de 21 de Dezembro, a entrada nas instalações do grupo Himalmedia e feriu doze pessoas, entre as quais três responsáveis editoriais, num protesto contra notícias publicadas em jornais do grupo sobre malfeitorias de elementos do CPN (Maoísta), o principal partido do governo.

Os referidos artigos de investigação contavam que militantes maoístas têm vindo a ameaçar empresas e a comunicação social, tendo sido publicados no diário em nepali “Himal Khabarpatrika” e no semanário em inglês “Nepali Times”.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) condenou fortemente o ataque e instou o primeiro-ministro e o ministro da Informação e da Radiodifusão a “denunciar este acto de vandalismo e a assumir a responsabilidade pessoal de garantir que os culpados serão devidamente punidos”.

A Federação de Jornalistas Nepaleses (FNJ) planeia efectuar manifestações de protesto contra este incidente, contando para tal com o apoio da FIJ, que critica ainda que no Nepal não se estejam a seguir as regras existentes para reconhecimento de sindicatos de jornalistas, estando muitos esforços sindicais a ser condicionados por acções violentas de grupos maoístas.