A Federação Latino-Americana de Jornalistas (FELAP) participou na organização do Fórum Social de Porto Alegre, que terminou a 28 de Janeiro e no qual defendeu a acção conjunta com todos os movimentos sociais reunidos naquele encontro.
Em mensagem enviada ao Fórum, o presidente da FELAP, Luis Suarez, exprimiu a solidariedade da maior organização de jornalistas da América Latina e disse que “trabalhamos para a construção de um jornalismo que não esteja condenado a ser a correia de transmissão do modelo informativo e comunicacional imposto pelos donos do dinheiro”.
Suarez afirmou que a adesão da FELAP ao Fórum de Porto Alegre resulta do manifesto aprovado no VI Congresso da federação, ocorrido em Havana, em 1999. “Compete-nos, como jornalistas, face à barbárie de uma terceira guerra mundial, não declarada no plano bélico, mas sim na vida quotidiana, assumir uma inequívoca posição crítica”, disse.
“Então como hoje, não nos propomos um jornalismo cujas práticas profissionais se reduzam à simples descrição da morte”, prosseguiu.
O presidente da FELAP sublinhou os problemas provocadas pela concentração da propriedade dos meios de comunicação, “que põe em cada vez menos mãos as redes informativas e o controlo da tecnologia”.
Para combater a concentração dos meios, a FELAP propôs uma “coordenação televisiva” entre o Brasil e o Equador, com a colaboração de Cuba e da Venezuela, que funcione como contraponto “à guerra mediática dos grandes empresários contra os interesses populares”.