Jornalistas israelitas contra escutas

As associações de jornalistas de Tel Aviv e Jerusalém e os jornais “Yedioth Ahronoth” e “Ha’aretz” solicitaram a Menachem Ben-Sasson, presidente da Comissão Parlamentar da Constituição, Lei e Justiça, que inclua os jornalistas na lista de profissões isent

O pedido surgiu depois de o Canal 10 da televisão israelita ter revelado que, até 2003, os serviços de censura do país registaram ao longo de 30 anos as conversas telefónicas dos correspondentes em Israel, para evitar que eles divulgassem segredos prejudiciais à segurança do país.

Segundo a reportagem do Canal 10, muitos censores continuaram a ouvir as conversas dos correspondentes mesmo quando já sabiam que estas não ameaçavam a segurança do país e apesar de terem ordens para parar com as escutas.

Os jornalistas temem que revelações como estas, só conhecidas após o desmantelamento da divisão de censura, façam com que as fontes hesitem na hora de passar informações anonimamente, e afirmam que a prática de escutas pode “representar um golpe mortal no funcionamento da imprensa num regime democrático”.

Como tal, os jornalistas pretendem que as fitas e transcrições dos registos das suas conversas retornem ao juiz que as aprovou, em vez de serem usadas em investigações. Para já, advogados, médicos, psicólogos e representantes religiosos contam com esta prerrogativa, estando o Knesset a analisar a extensão do benefício aos trabalhadores de serviços sociais.

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