Jornalistas iranianos ameaçados por funcionários judiciários

Um grupo de jornalistas iranianos recebeu ameaças de morte de funcionários judiciários ligados ao procurador Said Mortazavi após ter testemunhado a uma comissão presidencial acerca de actos de tortura durante a sua detenção, denunciou a Human Rights Watch (HRW).

Os primeiros jornalistas chamados perante a comissão foram Hanif Mazroi, Massoud Ghoreishi, Fereshteh Ghazi, Arash Naderpour e Mahbobeh Abasgholizadeh, no dia 25 de Dezembro, seguindo-se Omid Memarian e Ruzbeh Mir Ebrahimi, a 1 de Janeiro.

Todos eles confirmaram pormenores das torturas de que foram alvo, provocando a ira de Said Mortazavi que, desde então, segundo a HRW, os intimidou com a possibilidade de pesadas penas de prisão e ameaças aos seus familiares, como punição pela difamação das forças de segurança.

“O corajoso testemunho destes jovens jornalistas voltou a provar o papel chave de Mortazavi na tortura de detidos. Está na altura do governo iraniano investigar os abusos de Mortazavi e levá-lo perante a justiça”, afirmou Sarah Leah Whitson, directora-executiva do HRW para o Médio Oriente e Norte de África.

De acordo com o HRW, Said Mortazavi tem liderado, desde 2000, o ataque judicial à liberdade de imprensa, sendo o responsável pelo encerramento de vários jornais, assim como pela prisão e condenação de jornalistas.

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