Jornalistas instam Yushchenko a resolver caso Gongadze

Um grupo formado por várias organizações de jornalistas instou, a 25 de Janeiro, o recém-eleito presidente ucraniano Viktor Yushchenko a cumprir a sua promessa de campanha de resolver o caso Gongadze e levar perante a justiça os responsáveis pelo assassinato brutal deste jornalista em 2000.

O colectivo – formado pela Federação Internacional de Jornalistas, o Sindicato Nacional de Jornalistas do Reino Unido e da Irlanda, o Instituto de Informação de Massas e a Fundação Gongadze – apresentou à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa um relatório de 58 páginas sobre o caso, no qual sobressaem falhas por “indiferença e incompetência” por parte dos investigadores ucranianos.

Gyorgy Gongadze desapareceu a 16 de Setembro de 2000 e o seu corpo foi encontrado mais tarde numa vala em Tarashcha, perto de Kiev.

Em Novembro desse mesmo ano, um ex-segurança do presidente Leonid Kuchma divulgou cassetes com conversas em que o governante e alguns ministros aparentemente conspiravam contra o jornalista.

As autoridades judiciais ucranianas prenderam e interrogaram várias pessoas acerca do caso, mas nunca examinaram as referidas cassetes, nem acusaram ninguém.

“Este caso simboliza o desejo de justiça e democracia na Ucrânia. Ele deveria ser uma prioridade do novo governo para acabar com esta longa saga de corrupção, incompetência e injustiça”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White.

A organização instou ainda o presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, René van der Linden, a supervisionar os desenvolvimentos processuais e legais no panorama mediático da Ucrânia e a garantir o empenho do governo para com a investigação do caso Gongadze.

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