Jornalistas instados a quebrar sigilo profissional nos EUA

Durante a passada semana ocorreram nos Estados Unidos duas situações distintas que envolveram jornalistas e pedidos de identificação de fontes confidenciais perante o tribunal.

Num desses casos, o juiz Cormac Carney ordenou ao repórter do “Washington Times” William Gertz que identificasse as fontes que lhe forneceram dados para um artigo de 2006 sobre uma rede de espionagem na Califórnia, da qual faria parte o engenheiro Chi Mak, que em Maio último foi condenado a mais de 24 anos de prisão por ter conspirado para exportar tecnologia de defesa norte-americana para a China.

Segundo o juiz, um ano de investigação sobre a fuga de informação não permitiu identificar a sua origem, motivo pelo qual o magistrado afirmou ser necessário intimar o jornalista a testemunhar relativamente à identidade das fontes, identificadas na peça como “altos funcionários do Departamento de Justiça”.

No segundo caso, os repórteres Michele McPhee e Laurel Sweet evitaram ser chamados a identificar as fontes anónimas que lhes forneceram uma carta dirigida pelo alegado homicida John Entwistle aos seus advogados depois de estes últimos terem abandonado esforços nesse sentido a 28 de Maio.

A decisão dos causídicos seguiu-se a uma informação da acusação ao tribunal em como não pretendia introduzir as cartas como prova contra John Entwistle, acusado de matar a mulher e a filha recém-nascida.

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